Produtor caoixaba, radicado no Sul da Bahia, que se tornou um dos grandes produtores de conilon do Brasil graças à migração de famílias do Norte do Espírito Santo, o engenheiro agrônomo sénior José Carlos Gava Ferrão não tem dúvidas: nenhuma aplicação financeira superou nos últimos 15 meses a rentabilidade do café para quem teve paciência e condições de colher e esperar o melhor momento para venda.
“Vejamos meu exemplo real. A seguir, os preços, livre, que vendi meu café, valor em real por saca”, informa Ferrão, que calcula em 196% a lucratividade para quem soube e teve condições de esperar o melhor momento para viver.
Em seguida, o produtor a a planilha da valorização do produto entre setembro de 2023 e dezembro de 2024: 25/09/23 – R$ 625,00; 01/12/23 – R$ 680,00; 16/01/24 – R$ 800,00; 19/03/24 – R$ 875,00; 11/11/24 – 1.510,00.
“No dia 19 de dezembro o conilon estava sendo vendido a R$ 1.850,00 a saca. Da primeira venda ( 29/09/23 ) para a última ( 11/11/24 – menos de 14 meses ) o café Conilon valorizou 142 % (mais de 10% ao mês). Da última venda (11/11/24 ) para a cotação de hoje (40 dias) o café subiu 22,5% ou seja, 17% ao mês ou mais de 0,5 % ao dia”, observa o engenheiro agrônomo.
José Ferrão acrescentoa que, da primeira venda (29/09/23 ) para a cotação do dia 19 (15 meses), o conilon valorizou 196 %, ou seja, 13,06 % ao mês ou 0,43 % ao dia. Praticamente, o índice mensal da Poupança foi a rentabilidade do café conilon por dia ao logo 450 dias.
Ferrão, que é de Pinheiros, no Norte do Espírito Santo e atualmente produz em Porto Seguro, coloca na conta um saldo ainda a vender da safra 23/24 (quebra forte – 45 %) e toda a colheita de 24/25 (quebra de 52%).
“Muitos ditos analistas entendidos e renomados em todos esses 15 meses me aconselharam a vender e aplicar no mercado financeiro que era garantido e dava mais. Que eu era doido de não vender aos preços exorbitantes para a época”, comentou Ferrão.
O engenheiro agrônomo capixaba, produtor na Bahia, observou que muitos diziam e dizem que “é sorte e que os fundamentos agronômicos e geopolíticos que acreditava e acredito eram balela e que não se sobrepunha aos frafistas”
“O tempo está mostrando a realidade e a verdade que acredito e muitos outros também acreditam. Será isto o que chamamos de acertar no olho da mosca? Ou teimosia? Ou conhecimento dos fundamentos, mesmo com as notícias baixistas infundadas (por dolo ou falta de conhecimento) e implantadas? Eis uma boa reflexão”, propõe.
