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Operação mira esquema financeiro do PCV: advogada, empresários e até coronel da reserva da PM envolvidos

A operação deflagrada na madrugada desta quarta-feira (14) na Grande Vitória e em outros três Estados brasileiros, a partir de investigações da Polícia Civil do Espírito Santo, tem como principal objetivo desarticular a engenharia financeira e de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando de Vitória (PCV), maior organização criminosa em atuação no Estado.

Mais de 100 policiais civis de todo o Brasil amanheceram nas ruas de cidades de quatro Estados brasileiros numa operação gigantesca para cumprir 25 mandados contra a organização criminosa, especializada em tráfico de drogas e associada, para isso, ao Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.

Os suspeitos, alvos da Polícia, são empresários de diversos ramos, uma advogada e até um coronel da reserva da Polícia Militar, de acordo com o delegado Alan Moreno de Andrade, do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat).

No final do ano ado, o chefe de Polícia, delegado José Darcy Santos Arruda, disse que, em 2025, seriam feitas revelações que deixariam a sociedade do Espírito Santo estarrecida (veja link no final desta matéria). E elas começam a aparecer.

Segundo as investigações, que começaram em 2023, os suspeitos lavavam o dinheiro do tráfico (ou seja, transformavam dinheiro ilícito em lícito) de várias formas.

“A principal delas é pegar uma grande quantia de dinheiro, pulverizar em diversas contas menores e depois aglutinar novamente esse dinheiro numa conta destino; ou então com compra e venda de imóveis e veículos; outra forma é encaminhando o dinheiro para regiões de fronteiras do Brasil, onde lá eles compravam mais drogas e armas e abasteciam o tráfico capixaba”, detalhou o delegado à reportagem da TV Gazeta.

Conforme Alan Moreno de Andrade, os mais de 10 empresários investigados atuam em áreas como compra e venda de veículos, imóveis e materiais de construção. Os nomes deles não foram divulgados.

Um desses empresários foi detido, na manhã desta quarta-feira, pois na casa em que ele estava, em Jacaraípe, na Serra, havia armas sem registro. No Espírito Santo, 19 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari.

A Operação BAEST foi deflagrada pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), em parceria com a Subsecretaria de Estado de Inteligência (SEI/SESP).

A ação tem o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc) e da Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (Siae).

Conta,  ainda com o e operacional e logístico do Projeto I.M.P.U.L.S.E./ENFOC, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e foi deflagrada na madrugada desta quarta-feira (14), com o apoio das Polícias Civis do Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além do acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) e da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB/ES).

Carros de luxo sendo apreendidos pela PC no Espírito Santo (Divulgação)

A ação ocorre simultaneamente nos estados do Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais e tem como objetivo investigar a atuação de diversos indivíduos nos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas, entre outros.

Com a participação de mais de 100 policiais civis de todo o Brasil, a operação visa cumprir 25 mandados de busca e apreensão; 29 bloqueios de contas bancárias, totalizando aproximadamente R$ 104 milhões; 17 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis.

As diligências estão em andamento e os resultados serão reados após a finalização, porém, já se sabe que, no Estado, foram apreendidas joias, relógios, pulseiras, cordões e obras de arte, além de veículos de luxo como uma Porsche Cayenne Coupé, avaliada em mais de R$ 800 mil; uma Porsche Panamera 4 E, de mais de R$ 700 mil, um Jeep Commander Overland (mais de R$ 180 mil) e uma RAM Rampage Laramie (mais de R$ 200 mil).

Até a última atualização da Polícia Civil, na tarde de quarta-feira, ao todo foram apreendidos 12 carros, cinco armas de fogo, joias, obras de arte e nove imóveis que tiveram o bloqueio determinado pela Justiça.

 

Operação mira esquema financeiro do PCV: advogada, empresários e até coronel da reserva da PM envolvidos
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